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Arquitetos: Mário Alves arquiteto
- Área: 3277 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Ivo Tavares Studio
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Fabricantes: Cosentino, Grespania, Sosoares, VMZINC, Valadares
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto localiza-se numa das ruas mais antigas da cidade de Aveiro, onde a riqueza arquitetónica das fachadas antigas é uma marca da cidade. O projeto tem como base a demolição de um edifício degradado e a construção de um edifício de habitação multifamiliar e comércio. Como tal, face ao contexto do lugar, uma das premissas do projeto passa por manter e reabilitar a fachada do edifício existente, requalificando-a e preservando assim o seu valor histórico e arquitetónico no arrumamento da Avenida Dr. Lourenço Peixinho.
O terreno de forma retangular e de morfologia acentuada, pois do lado norte para o sul, encontramos um desfasamento de alturas com cerca de 2,50m. O terreno dos restantes lados, possui edifícios contíguos com alinhamentos bastante definidos.
Tendo em conta o sítio a desenvolver, a análise da envolvente é fundamental para uma boa relação do novo com o existente. Volumetricamente a envolvente é inconstante, as diversas altimetrias das construções marcam um desenho desordenado. De modo a garantir uma frente de rua harmoniosa, é proposto um volume único, que, perante a fachada existente, anda recuado, não tirando assim protagonismo dessa mesma fachada. O volume proposto assume uma altura de 4 pisos, garantindo que, no futuro, as construções vizinhas do prédio possam desenhar um skyline uniforme. Assim sendo, é garantida uma linguagem suave de transição de alturas para colmatar a diferença volumétrica existente nesta frente de rua.
Nesta zona, o desenho da cobertura é muito característico e marcante. Para tal, o volume proposto assume um desenho de duas águas, que, tendo como ponto mais baixo a fachada da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, minimiza o impacto do volume.
Na fachada Posterior, o volume assume uma altura de 5 pisos. O desenho da cobertura dá continuidade dos dois alçados.
No piso 0, na Avenida Dr. Lourenço Peixinho, devido ao seu caracter mercantil e caracterização pedonal, dá-se a entrada pedonal ao edifício. A Rua Cmdt. Rocha e cunha, que, pelo seu caracter mais automóvel, assume um caracter secundário de fachada, sendo então nesta rua, o desenho do acesso automóvel.
A composição do alçado principal é cuidada, de forma a não tirar protagonismo ao alçado existente a recuperar, a materialidade da intervenção é uniforme, como se de uma pela se trata-se. Para tal, o novo alçado surge recuado, tendo as novas aberturas os mesmos alinhamentos caracterizadores do alçado existente. No alçado posterior, virado para a Rua Cmdt. Rocha e Cunha, para a composição do alçado surge umas pequenas saliências que tenta criar um ritmo distinto, dando ao mesmo tempo a possibilidade do interior poder ser exterior.
